quinta-feira, 25 de abril de 2013

Onda Verde do Ibama flagra mais 8 mil m3 de toras e supera apreensões de 2012 no Pará


O Ibama superou, em apenas um mês de fiscalização no oeste paraense, o volume de madeira em tora ilegal apreendido em 2012 em todo o Pará. O resultado recorde foi anunciado, nesta terça-feira (05/03), pelo superintendente do Ibama no estado, Hugo Américo, durante a Oitava Reunião do Comitê Gestor do Programa Municípios Verdes, que acontece até amanhã em Santarém.

No ano passado, os agentes ambientais apreenderam 10,5 mil m3 de madeira não beneficiada no Pará. A Operação Onda Verde — que começou no início de fevereiro com ações em Santarém, Anapu, Uruará e Novo Progresso —, já retirou de circulação cerca de 18 mil m3 de toras ilegais. Volume que equivale a cerca de 720 caminhões cheios de madeira.

Além das apreensões no Curuatinga (oito mil m3) e no rio Pacajá (dois mil m3), o Ibama localizou, nesta segunda-feira (04/03), aproximadamente oito mil m3 de árvores ilegalmente derrubadas em uma fazenda, a 90 km de Anapu."Em um única área de estocagem, os fiscais apreenderam 100 toras", revelou o superintendente.

"Esperamos um volume recorde de apreensões em 2013. Os resultados do início do ano indicam isso e demonstram o acerto da estratégia de colocar o Ibama em campo no período chuvoso", disse Hugo, ao falar aos cerca de 150 participantes do evento, entre eles dezenas de secretários municipais de Meio Ambiente e representantes de entidades federais e estaduais envolvidas no processo de regularização ambiental no Pará.

Pela primeira vez, o Ibama antecipou para fevereiro as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que costumavam começar em meados de abril, com o fim da estação das chuvas. "Tradicionalmente se derrubava a floresta no período da seca na Amazônia. Mas percebemos essa mudança de comportamento nos infratores e nos adaptamos", explica o superintendente. No Pará, a Onda Verde conta com cerca de 100 homens, três helicópteros e apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, Ministério do Trabalho e da Força Nacional. A operação acontece ainda no Mato Grosso, Amazonas e em Rondônia.


 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental

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