terça-feira, 30 de abril de 2013

Ibama firma acordo para gestão compartilhada de fauna no Pará


O Ibama e o governo do Pará assinaram nesta terça-feira (30/04) um termo de cooperação técnica para a gestão compartilhada de fauna no estado, atendendo o estabelecido pela Lei Complementar n° 140 de 2011.  Com o acordo, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema/PA) assume de imediato algumas atividades como a administração da criação amadorista de passeriformes, como curiós, e a emissão de autorizações para o transporte de animais silvestres no Pará.
O termo foi assinado pelo presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, e o secretário de Meio Ambiente do Pará, José Alberto Colares, com a presença do superintendente do Ibama no estado, Hugo Américo, em ato pela manhã na sede da Sema/PA, em Belém. O Ibama também formalizou na ocasião um convênio para o repasse de 60% dos recursos da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) ao Pará. 
Para o presidente do Ibama, os dois acordos criam condições de o órgão ambiental estadual se fortalecer para assumir as novas obrigações advindas da aprovação da lei complementar. "A LC 140 mudou as atribuições na gestão de fauna no país, mas não criou uma fase de transição. A cooperação entre Ibama e o governo do Pará vem para organizar este processo, auxiliar a secretaria de Meio Ambiente a se estruturar para assumir as novas competências", afirmou Volney.
Em um prazo máximo de dois anos, atribuições desempenhadas atualmente pelo Ibama serão assumidas integralmente pela Sema/PA. Entre elas, a gestão de zoológicos, criadouros, mantenedores, criadouros científicos para fins de pesquisa, criadouros comerciais, abatedouros e frigoríficos de fauna silvestres. Além da emissão de autorizações para o manejo de fauna na natureza, a destinação de fauna aos centros de triagem e à reabilitação de animais silvestres.
Um plano de trabalho prevê a capacitação pelo Ibama dos servidores da Sema/PA para as novas atribuições, que envolvem o uso de sistemas federais como o Sispass e o Sisfauna. "A experiência do corpo técnico do Ibama será integralmente repassada ao estado para que não haja nenhuma interrupção na qualidade na gestão de fauna no Pará, o que é de extrema importância para a conservação da biodiversidade em toda a Amazônia", disse o superintendente do instituto no Pará, Hugo Américo.
Permanecem como atribuição do Ibama a gestão da fauna em nível nacional, o monitoramento e a fiscalização com foco no tráfico internacional. Nesta fase de transição, processos de criadores de fauna existentes antes da promulgação da Lei Complementar 140/2011, com licenças ainda não expiradas, continuam com o instituto.
A LC 140, aprovada em 8 de dezembro de 2011, regulamentou as competências da gestão ambiental entre união, estados e municípios – repassando aos estados as atribuições relativas aos recursos faunísticos. Acordos de cooperação semelhantes ao paraense já foram assinados pelo Ibama em São Paulo, Santa Catarina, Espirito Santo e Bahia.



 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental

Ibama repassa a gestão de fauna para o estado no Pará


O presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, e o secretário de Meio Ambiente do Pará, José Alberto Colares, assinam nesta terça-feira (30/04) um termo de cooperação técnica que transfere ao estado a gestão de fauna. 

O acordo prevê o repasse imediato do Ibama para a secretaria de atividades como a administração da criação de passeriformes, como curiós, e a emissão de autorizações para o transporte de animais silvestres dentro do território paraense. Outras atribuições, como a gestão de zoológicos, serão transferidas em um prazo de até dois anos.

Após a assinatura, as autoridades presentes estarão disponíveis para falar com a imprensa.

Serviço

Evento: Assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre Ibama e Governo do Pará que transfere a gestão de fauna da  esfera federal para a estadual.

Data: 30 de Abril

Hora: às 9h30min.

Local: Gabinete da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (4° Andar) / Contato: Tel. (91) 3184-3341 / Endereço: Travessa Lomas Valentinas, nº. 2717, Marco.



 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Onda Verde do Ibama embarga 15,8 mil ha de desmates no Pará, quase o tamanho de Natal



O Ibama embargou 15,8 mil hectares de desmatamentos ilegais, desde o início da Operação Onda Verde, em fevereiro, no Pará. A área equivale a quase o tamanho da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Nas quatro frentes de fiscalização no estado, os agentes federais ainda aplicaram R$ 77,6 milhões em multas, apreenderam 18,1 mil metros cúbicos de madeira (cerca de 730 caminhões cheios), quatro caminhões, quatro tratores, oito balsas e cinco empurradores.

"Estamos no meio do novo período de medição do desflorestamento na Amazônia, cujo calendário começou em agosto de 2012 e vai terminar em julho de 2013. Estas regiões onde o Ibama atua apresentaram alertas de desmatamento significativos, estão liderando o processo de degradação da floresta no Pará e serão penalizadas", explica o superintendente do Ibama no Ibama no Pará, Hugo Américo.

Os embargos aplicados pelo Ibama nas frentes da Onda Verde em Anapu, Uruará, Novo Progresso e, mais recentemente, Santana do Araguaia, além de cessarem o avanço dos desmates em cada área fiscalizada, impedem que os posseiros obtenham a regularização fundiária das terras que reivindicam. "Mas também prejudicam os municípios porque a destruição das florestas os levam à lista dos maiores desmatadores do Ministério do Meio Ambiente, trazendo sanções como o corte dos financiamentos oficiais", diz Hugo.

No caso de Santana do Araguaia, a primeira frente da Onda Verde no sudeste paraense, o município deixou a lista dos campeões em desmatamento ano passado.  Com a medida, passou a ter prioridade em ações de incentivo econômico e fiscal, planos, programas e projetos da União, principalmente os relacionados à consolidação da produção florestal. "Mas se o município não mantiver os avanços, pode retornar à lista. É necessário o envolvimento de todos para garantir os avanços já conquistados", defende o superintendente.

A Onda Verde em Santana conta com apoio de fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema/PA). Em 20 dias de fiscalização, o Ibama já aplicou R$ 3,9 milhões em multas e identificou um plano de manejo florestal fraudulento envolvido em esquemas para esquentar madeira ilegal na região. Além de embargado, o empreendimento florestal teve os 3,1 mil metros cúbicos de créditos de madeira que movimentou irregularmente estornados no Sisflora.

No oeste paraense, o Ibama combate principalmente os danos ambientais provocados pela pecuária ilegal, em Novo Progresso, e pela exploração irregular de madeira, em Anapu e Uruará. Nestas regiões, que lideram as apreensões de madeira ilegal, o instituto já realizou doações sumárias de cerca de cinco mil m³ de toras para pequenos produtores rurais de Pacajá, Anapu e Senador José Porfírio; 900 m³ para a prefeitura de Uruará e dois mil m³ para a organização benemérita Cáritas, em Belém. A madeira doada pelo Ibama deverá ser aplicada em ações sociais, conforme os projetos apresentados pelas entidades ao instituto.

As equipes de fiscalização da Onda Verde, que contam com apoio de helicópteros, homens do Batalhão de Polícia Ambiental e Força Nacional, prosseguem sem interrupção no Pará até o final de 2013. Novas frentes poderão ser montadas em outros municípios, de acordo com os resultados dos alertas de desmatamento do sistema Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com o Ibama que monitora por satélite a Amazônia Legal.








 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ibama resgata 85 jabutis de criação comercial ilegal no Pará


Baixe Criação ilegal jabutis 3_Foto Lucivaldo serrão_14marco2013.JPG (389,7 KB)O Ibama apreendeu 85 jabutis em uma criação comercial ilegal, nesta quarta-feira (13/03), em Goianésia do Pará, no sudeste paraense. Os animais eram mantidos em cativeiro por um homem, de 62 anos, escondidos em um barraco de madeira ao lado do galinheiro da sua casa, na área urbana do município."Ele comprava os jabutis pequenos por R$ 8 de colonos na zona rural, engordava e vendia por até R$ 50 cada", disse o analista ambiental Lucivaldo Serrão, que coordenou a ação de fiscalização.
Uma denúncia levou os agentes do Ibama em Tucuruí ao endereço. O dono do comércio de animais silvestres foi multado em R$ 425 mil por ter em cativeiro espécimes da fauna brasileira sem autorização. Quelônios, como jabutis e tartarugas, estão ameaçados de extinção e são protegidos por lei.
Os jabutis serão devolvidos à natureza pelo Ibama de Tucuruí, que avalia uma área protegida para a soltura, a fim de diminuir o risco de recaptura. Na região do baixo Tocantins é grande a ocorrência de comércio de animais silvestres, seja pelo consumo da carne ou para criação como animais de estimação. Além da multa do Ibama, o homem responderá a ações civil e penal pelo crime ambiental.

 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental

Onda Verde do Ibama flagra mais 8 mil m3 de toras e supera apreensões de 2012 no Pará


O Ibama superou, em apenas um mês de fiscalização no oeste paraense, o volume de madeira em tora ilegal apreendido em 2012 em todo o Pará. O resultado recorde foi anunciado, nesta terça-feira (05/03), pelo superintendente do Ibama no estado, Hugo Américo, durante a Oitava Reunião do Comitê Gestor do Programa Municípios Verdes, que acontece até amanhã em Santarém.

No ano passado, os agentes ambientais apreenderam 10,5 mil m3 de madeira não beneficiada no Pará. A Operação Onda Verde — que começou no início de fevereiro com ações em Santarém, Anapu, Uruará e Novo Progresso —, já retirou de circulação cerca de 18 mil m3 de toras ilegais. Volume que equivale a cerca de 720 caminhões cheios de madeira.

Além das apreensões no Curuatinga (oito mil m3) e no rio Pacajá (dois mil m3), o Ibama localizou, nesta segunda-feira (04/03), aproximadamente oito mil m3 de árvores ilegalmente derrubadas em uma fazenda, a 90 km de Anapu."Em um única área de estocagem, os fiscais apreenderam 100 toras", revelou o superintendente.

"Esperamos um volume recorde de apreensões em 2013. Os resultados do início do ano indicam isso e demonstram o acerto da estratégia de colocar o Ibama em campo no período chuvoso", disse Hugo, ao falar aos cerca de 150 participantes do evento, entre eles dezenas de secretários municipais de Meio Ambiente e representantes de entidades federais e estaduais envolvidas no processo de regularização ambiental no Pará.

Pela primeira vez, o Ibama antecipou para fevereiro as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que costumavam começar em meados de abril, com o fim da estação das chuvas. "Tradicionalmente se derrubava a floresta no período da seca na Amazônia. Mas percebemos essa mudança de comportamento nos infratores e nos adaptamos", explica o superintendente. No Pará, a Onda Verde conta com cerca de 100 homens, três helicópteros e apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, Ministério do Trabalho e da Força Nacional. A operação acontece ainda no Mato Grosso, Amazonas e em Rondônia.


 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental

Onda Verde do Ibama apreende balsas e desmonta esquema de extração de madeira em área de preservação de Anapu, no Pará


O Ibama apreendeu seis balsas carregadas com dois mil m3 de toras (o equivalente a 80 caminhões cheios), quatro rebocadores e dois tratores com pás-carregadeiras, esta semana, durante a Operação Onda Verde, em Anapu, no oeste do Pará. Avaliados em cerca de R$ 10 milhões, o maquinário e as embarcações faziam parte de um esquema armado para explorar madeira nas florestas de preservação permanente nas margens do rio Pacajá e esquentar o produto com documentos de um plano de manejo em Baião.

O empreendimento, segundo o Ibama, já emitiu Guias Florestais de venda para mais de 11 mil m3 de madeira amazônica. O instituto já bloqueou o empreendimento no Sisflora, o sistema eletrônico estadual que controla a compra e venda de produtos florestais no Pará, impedindo seu acesso ao mercado. Os donos das balsas apreendidas foram autuados em cerca de R$ 600 mil. As autuações para o plano de manejo podem chegar a R$1,5 milhão, dependendo da análise final do projeto, incluindo entre os autuados o engenheiro florestal encarregado pelo empreendimento. Todos os envolvidos ainda responderão civil e criminalmente pelos danos causados ao meio ambiente.

Plano falso
As balsas foram flagradas pelo Ibama quando subiam o rio Pacajá e seus afluentes, Mandaguari e Aruanã, na altura de Portel. Apenas duas embarcações estavam com as Guias Florestais da carga, emitidas pelo plano de manejo, localizado a 210 km do local da apreensão.

A coordenadora da Onda Verde em Anapu, a analista ambiental Silvana Cardins, suspeitou das guias e confirmou a fraude ao vistoriar o empreendimento. "O plano funcionava numa fazenda e estava abandonado, com os ramais de arrasto já fechados pela vegetação e os pátios de estocagem vazios. A floresta já não era explorada há pelo menos um ano. A madeira, portanto, não saiu de lá, mas de extrações ilegais ao longo do trajeto da balsa pelo rio", diz ela.

Onda contra desmates
A Operação Onda Verde atua em regiões líderes nos índices de desmatamento ilegal na Amazônia Legal. No Pará, três helicópteros e cerca de 100 homens combatem a destruição ilegal da floresta amazônica em frentes montadas em Uruará, Anapu e Novo Progresso, no oeste do estado. Pela primeira vez, uma operação do Ibama foi idealizada para permanecer todo o ano em campo na Amazônia, nos períodos das chuvas e da seca. Participam das ações o Batalhão de Polícia Ambiental do Pará, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Força Nacional. A Onda Verde acontece também no Mato Grosso, Amazonas e em Rondônia.





 
Nelson Feitosa
Jornalista e Analista Ambiental